quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Ferramentas digitais ajudam na difusão do preconceito


Thiago Pereira

Muitas ferramentas digitais são espaços para exposição de preconceitos na Internet. Algumas profissões que são excluídas pela sociedade ganham na rede ambiente para serem criticadas das mais variadas formas.

A profissão de pedreiro é mais uma das atividades trabalhistas que sofre preconceito pela sociedade, sendo taxada como aquela profissão por opção, ou seja: “se não sabes fazer nada, seja pedreiro”. Essa é uma das frases encontradas para esse estudo que aparece com bastante frequência.

Todos nós sabemos da importância da Internet na vida das pessoas. Hoje a grande rede é instrumento de trabalho de muitos. Com o advento dessa nova tecnologia, qualquer um tem liberdade de postar suas opiniões, principalmente nas chamadas redes sociais. São nesses locais que a liberdade abre espaço, também, ao preconceito.

Lá nesse espaço as pessoas trocam acusações e postam opiniões. No nosso estudo, que é baseado em casos de preconceitos ou profissões não muito aceitas pela sociedade, as redes sociais ou as novas tecnologias da web são matéria-prima principal, haja vista que nesses espaços chamados de livres toda e qualquer pessoa expõe sua opinião, e os casos de preconceitos saem do âmbito social físico e acabam indo para o digital.

Temos analisado casos de preconceito em várias profissões e muitos instalados nas redes sociais. Mas não são só as redes sociais que apresentam preconceitos. Como citei, outras tecnologias ou ferramentas da Internet também são utilizadas por pessoas para exporem seus preconceitos com diversas coisas, inclusive com profissões, como, por exemplo, o que encontramos neste blog (1): “Pedreiro é a profissão que, infelizmente, mais cresce atualmente no Brasil. Nas cidades grandes, como se não bastasse a poluição ambiental, seus moradores têm que aguentar a poluição sonora. Finalmente encontramos alguém pior que pedreiros são: Os ajudantes de pedreiro”.

Além dessa passagem, a imagem acima também se encontra no blog, onde claramente podemos chegar à conclusão de que, no Brasil, os pedreiros são pessoas analfabetas, talvez essa conclusão venha a ser formalizada em nossas mentes devido à posição que a sociedade sempre colocou que o Brasil tem um presidente analfabeto, é claro devido à montagem feita pelo blog, colocando a face do presidente Lula sob a imagem de um pedreiro.

Infelizmente, nossa sociedade é preconceituosa. O texto e a imagem extraídos mostram que a profissão de pedreiro é uma profissão que sofre preconceito por parte de alguns membros ou classes da sociedade. Além do texto que insinua claramente preconceito, a imagem nitidamente, vem ainda mais caracterizar preconceito, ligando a imagem do presidente Lula aos pedreiros, chamando-os de “analfabetos”. A linguagem escrita critica o crescimento da profissão no Brasil, ligando a profissão ao barulho instalado nas grandes cidades, além de lamentarem o crescimento da profissão.

É comum nas profissões de caráter autônomo as pessoas serem discriminadas pela sociedade. Claro que esse repúdio da sociedade por esses profissionais é difícil de ser explicado, mas isso é preocupante, pois essa atitude já vem desde criança. É comum ouvirmos das crianças o que elas querem ser quando crescer e dificilmente elas dizem que querem ser faxineiras, porteiros, coveiros, pedreiros...

O mais impressionante que observamos em casos como esses é que essas profissões, em sua maioria, são profissões importantíssimas para o funcionamento da sociedade, eles são fundamentais em nossas vidas, é por isso que digo que é difícil explicar porque tanto preconceito por parte da nossa sociedade.

Nas redes sociais, onde a liberdade em liberação de conteúdos por parte dos usuários é imensa, é cada vez mais comum observarmos casos de preconceitos, e a profissão de pedreiro também aparece com casos de preconceitos no Orkut. Encontramos uma comunidade chamada de “Estuda Pra q? Vou se Pedreiro!” (2). O espaço é extremamente preconceituoso, pois claramente mostra o desrespeito com os pedreiros os chamando de analfabetos. Além desse aspecto, podemos perceber que eles tratam os pedreiros como vadios, utilizando o “Seu Madruga”, um personagem do seriado Chaves, que nada mais é do que um sacana. No espaço, encontramos a seguinte frase: “Se sem voce Precisa Estuda voce pode fatura Milhõões na Vida Facil e bem Sucedida de Pedreiro!”. Eles comparam a profissão de pedreiro como de vida fácil, e bem sucedida ao mesmo tempo em que os chamam de analfabetos, insinuando que não é necessário estudar para ser pedreiro.

Podemos concluir que existe sim preconceito pela sociedade em determinadas profissões ou funções, e o mais importante é que estas profissões são profissões extremamente importantes para a sociedade, mas mesmo assim nós nos distanciamos delas com ar de preconceito.

(1) http://mariaelais.blogspot.com/2010/06/reportagem-pedreiros.html (Data de acesso: 24/09/10).
(2) http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=13981052 (Data de acesso: 09/10/10).

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Faxineiras ainda sofrem preconceitos

O preconceito é um problema que a sociedade precisa resolver. A cada dia novos casos de exclusão aparecem nos diversos meios de comunicação.
Nas profissões é cada vez mais comum encontrarmos casos de preconceito. E o que assusta é que são profissões de extrema importância para o convívio em sociedade. Limpeza, organização e cuidados no ambiente de convívio são essenciais tanto em lugares públicos quanto privados. São atividades exercidas por profissionais desvalorizados pela sociedade.

A profissão de faxineira é uma das que mais sofrem com a exclusão, não só da sociedade mas também por parte de seus companheiros de trabalho, principalmente aqueles que estão em cargos mais elevados.
Jucilda dos Santos da Silveira, 43 anos, trabalha como faxineira a mais de dez anos e sente prazer de exercer essa profissão. Moradora da cidade de Garopaba/SC, atualmente trabalha em uma empresa do ramo de materiais para construção, onde diariamente organiza o ambiente de trabalho de diversas pessoas.

Para Jucilda o ego de profissionais que estão em cargos elevados é um dos principais pontos de preconceito. “As pessoas que tiveram uma opção diferente de vida, são as que mais nos desvalorizam. Pelos menos comigo é isso que acontece”, destaca.
Ela conta que percebe a diferença de tratamento que as pessoas tem com ela no cotidiano. “Algumas me dão bom dia, outras já não, muitas nem olham para mim. Uma pessoa me disse que preferem morrer de fome do que trabalhar como faxineira”, enfatiza Jucilda.

Nas profissões como pedreiros, faxineiras, garis, entre os profissionais geralmente tem baixa escolaridade. Segundo ela as pessoas mais humildes é quem ocupam esses cargos e por isso são vítimas de preconceito. Jucilda acredita que mesmo com toda a evolução da sociedade, principalmente no Brasil, dificilmente acabaremos com essa situação de preconceito.

Acompanhe a reportagem.

domingo, 14 de novembro de 2010

Projeto Integrado 2010/B


Na última sexta-feira (12), aconteceu o Projeto Integrado 2º Semestre de 2010, cujo o tema foi as Profissões Marginalizadas.


As apresentações foram um sucesso. O quarto semestre de jornalismo, apresentou em paralelo 4 Trabalhos, Os vitrais onde tinham como objetivo mostrar os profissionais, o E-book, livro digital que trata sobre os casos de preconceito na grande rede, os matérias em vídeo onde cada aluno vez referente a um profissional que tem sua profissão marginalizada, as capas de revista onde tinham como manchetes a invisibilidade que a sociedade tem com esses profissionais.
Além desses trabalhos mencionados, foi montada uma banca para a edição especial do Jornal Extra, produzidos pelos alunos, mas infelizmente a Gráfica Soller, responsável pela distribuição do impresso não fez a entrega em tempo. Os alunos também fizeram uma apresentação especial em sombras com efeitos de fumaça de gelo seco, para destacar os profissionais e quem sabe mostrar que eles tem seu espaço.


Na sala tinham dois computadores para visualização de um blog criado para a publicação dos materiais produzidos, inclusive com a edição especial do jornal extra que mesmo não estando com sua impressão pronta já estava disponível em espaço virtual.

Agradecimentos aos alunos que não mediram esforços para a realização deste trabalho em destaque Luana, Raiany, Tainara, Luiz Henrique, Gabriela, Priscila, Morgana. Projeto este que mesmo com seu propósito ferido nós alunos mostramos que podemos emprenhar um bom trabalho. Aos profissionais da Unisul em especial ao Beto do laboratório que se empenhou ao máximo em colocar internet em dois computadores na sala para a apresentação do blog, afinal todos sabemos a dificuldade do wifi no nosso bloco.

A Coordenadora do Curso Darlete Cardoso que disponibilizou os equipamentos solicitados mesmo com todas as dificuldade, além de ter se empenhado no produção do Extra.

Aos Professores que se empenharam para que o projeto ficasse bem produzido, em destaque Professores Ildo, Khaled e Mário.

Aos alunos que merecem um destaque a mais estão: Luana de Oliveira, que com a ideia de seus vitrais pode dar um charme na decoração da sala, além de ter se empenhado junto comigo na produção da capa do e-book, a Jéssica Nazário com sua belissima matéria em vídeo onde já tem mais de 40 exibições no youtube, a Raiany Wernke e Tainara Boeing que fizeram toda a parte de diagramação do Jornal Extra e Luiz Henrique que se empenhou ao máximo para a organização e decoração da sala, conseguindo equipamentos e ajudando na montagem a Morgana Salvador que me auxiliou na postagem dos vídeos no youtube.